Uso de estatinas pode aumentar a sobrevida em pacientes com câncer de mama

A mortalidade por câncer de mama parece ser significativamente menor entre pacientes que usam estatinas em comparação com as que não usam esses medicamentos, segundo um novo estudo.

Pesquisas anteriores que investigaram a associação entre o colesterol e o metabolismo do câncer de mama sugerem que hipolipemiantes, como as estatinas, podem melhorar os desfechos em pacientes acometidos pela doença, disse Sixten Harborg, estudante de medicina e doutorando na Aarhus Universitet, na Dinamarca, em uma apresentação no congresso anual da European Society for Medical Oncology Breast Cancer. Além disso, a morte relacionada a doenças cardiovasculares é a segunda causa mais comum de morte em pacientes com história de câncer de mama. Assim, dadas as taxas de sobrevida em pacientes com quadros iniciais de neoplasia mamária, existe uma demanda por iniciativas cardioprotetoras e pela manutenção de medicamentos cardioprotetores após o diagnóstico de câncer, disse o pesquisador.

O que se sabe sobre a relação entre as estatinas e o câncer de mama? As estatinas são os hipolipemiantes mais usados no dia a dia e podem privar as células tumorais do colesterol necessário para a síntese da membrana celular, disse Sixten em sua apresentação. Dados de um estudo randomizado publicado no periódico Journal of Clinical Oncology em 2017 mostraram um aumento significativo na sobrevida livre de doença, no intervalo livre de câncer de mama e no intervalo livre de recidiva à distância em pacientes com câncer de mama em estágio inicial randomizadas para receber um hipolipemiante, em comparação a mulheres que não usaram esse mesmo tipo de medicamento. A pesquisa de 2017 motivou a criação do MASTER, um estudo randomizado, multicêntrico, duplo-cego e controlado por placebo que compara o tratamento adjuvante convencional + placebo com o tratamento adjuvante convencional + atorvastatina em pacientes com câncer de mama em estágio inicial (NCT04601116). Atualmente, o estudo MASTER está recrutando pacientes na Dinamarca.

Como o estudo foi desenhado? Para realizar uma análise preliminar, Sixten e seus colaboradores usaram um desenho de estudo de emulação baseado em dados de prontuários eletrônicos provenientes de 110.160 mulheres com diagnóstico de câncer de mama em estágios I, II ou III que fizeram parte do Danish Breast Cancer Group, um registro clínico nacional da Dinamarca, com dados coletados entre 2000 e 2020. Segundo uma definição que consta em um artigo publicado em 2017 no periódico European Journal of Epidemiology, a emulação de estudos-alvo envolve a aplicação de desenhos de estudos randomizados a dados observacionais com o objetivo de melhorar a qualidade da epidemiologia observacional quando um estudo de referência ainda não está disponível.

Os pesquisadores criaram uma coorte de pacientes com base em dados eletrônicos de saúde para simular um estudo-alvo sobre o uso da atorvastatina após o diagnóstico de câncer de mama. As pacientes foram randomizadas para duas estratégias de tratamento: começar a usar estatinas em até 36 meses após o diagnóstico ou não usar estatinas. O desfecho primário da pesquisa foi a morte por câncer de mama. O acompanhamento do estudo MASTER começa com a inclusão na pesquisa e se encerra em caso de morte, saída da Dinamarca, fim do acompanhamento clínico ou após 10 anos de acompanhamento (o que ocorrer primeiro).

Leia a matéria na íntegra no site do Medscape

‘‘E o Senhor te guiará continuamente, e fartará a tua alma em lugares áridos, e fortificará os teus ossos; e serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca faltam.’’ Isaías 58:11 (para entender, clique aqui, assista ao vídeo e se surpreenda)

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